População e economia
Uma potência mundial
A Bacia do Prata é o território que concentra a atividade econômica mais
importante e a maior quantidade e densidade de população da América do Sul.
A Bacia do Prata gera 70% do Produto Interno Bruto (PIB) dos cinco países que a compõem.
A população do território é de mais de 100 milhões de pessoas.
Possui 57 cidades com mais de 100.000 habitantes, incluindo as capitais dos cinco países: Buenos Aires, Brasília, Assunção, Montevidéu e Sucre, capital administrativa da Bolívia (a cidade de La Paz não está situada na Bacia do Prata).
A cidade de São Paulo, no Brasil, com seus 18 milhões de habitantes, é uma das maiores concentrações urbanas do mundo e um dos centros industriais mais importantes do planeta.
Outras cidades importantes de mais de um milhão de habitantes localizadas na Bacia do Prata são: Rosário (Argentina), Porto Alegre e Brasília (Brasil).
Tabela: Produto Interno Bruto dos países
da Bacia do Prata
|
PIB |
PIB per capita |
Países |
U$S bilhões |
U$S |
Argentina |
144,8 |
3,740 |
Bolívia |
9,4 |
1,118 |
Brasil |
558,4 |
3,181 |
Paraguai |
7 |
1,155 |
Uruguai |
11,9 |
3,489 |
Fonte: Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID - 2005
Tabela: Dados de
população
(corresponde somente aos países, departamentos ou estados que
pertencem à Bacia do Prata)
Países |
Total (1) |
Argentina (2) |
26.274.861 |
Bolívia (3) |
1.718.908 |
Brasil (4) |
65.455.629 |
Paraguai |
5.163.598 |
Uruguai (5) |
3.043.969 |
População Total |
101.652.965 |
A força da energia
A Bacia do Prata tem um potencial hidrelétrico significativo estimado em 92.000 MW, que deu fundamento à construção de mais de 150 centrais hidrelétricas, das quais 72 têm mais de 10 MW. Cerca de 60% do potencial hidrelétrico da Bacia do Prata já foram desenvolvidos ou estão em vias de sê-lo.
Três dessas centrais são binacionais e de grande escala, como Itaipu, Yacyretá e Salto Grande. As centrais Garabi-Panambi (Argentina-Brasil), sobre o rio Uruguai, estão em processo de desenvolvimento. Atualmente, Itaipu é a maior produtora de hidrenergia do mundo, mas a segunda em potência instalada, depois de Três Gargantas, na China.
A Bacia do Prata também comporta as centrais nucleares de Angra dos Reis, no Brasil, e Atucha I e II, na Argentina, além de centenas de centrais térmicas de geração elétrica dos cinco países.
A grande produção energética da Bacia do Prata foi determinante para o desenvolvimento socioeconômico dos países que a integram.
Centrais hidrelétricas binacionais
Central hidrelétrica |
Rio |
País |
Potência instalada |
Itaipu |
Paraná |
Brasil - Paraguai |
12.600 MW |
Yacyretá |
Paraná |
Argentina - Paraguai |
3.100 MW |
Salto Grande |
Uruguai |
Argentina - Uruguai |
1.890 MW |
Uma região integrada pelo transporte
O desenvolvimento econômico da região necessita de vias de comunicação e de transporte multimodais. Por isso a rede
hidrográfica é um elemento fundamental ao interconectar os centros de produção,
armazenamento e consumo com os portos, de onde os principais produtos são
exportados para numerosas regiões do mundo.
A extensa rede navegável da Bacia do Prata é atualmente favorecida por acordos regionais que facilitam sua utilização comercial.
A hidrovia Paraguai-Paraná (Puerto Cáceres-Nueva Palmira) incrementou o transporte fluvial de 700.000 toneladas de mercadorias no começo dos anos 90 para 13 milhões de toneladas em 2004, com custos significativamente menores aos de transportes alternativos. A previsão é transportar 50 milhões de toneladas num futuro próximo.
Ferrovias, rodovias e os principais pontos aéreos do subcontinente estão localizados no território da Bacia do Prata, fortalecendo um crescente comércio de mercadorias, incentivando o turismo intrarregional e o intercâmbio cultural.

O tráfego fluvial pela hidrovia Paraná-Paraguai aumentou nos últimos anos